Suspensão de viagens na ferrovia Carajás segue até sexta (14) e afeta 4.400 pessoas entre o Pará e o MA

Manifestação de indígenas da etnia Gavião continua e impede a circulação do transporte de passageiros desde o último domingo (10). Veja como pedir o reembolso da passagem.

A Vale informou que, nesta quinta-feira (13), que segue interditada a Ferrovia Carajás, que realiza viagens de trem de São Luís, no Maranhão, até Parauapebas, no Pará. Cerca de quatro mil passageiros foram afetados, segundo a empresa.

As viagens estão suspensas desde o último domingo (10), devido a um protesto de indígenas da etnia Gavião, da Terra Indígena Mãe Maria, no estado do Pará. A manifestação resultou na interdição da ferrovia, impedindo a circulação do transporte de passageiros e de minério de ferro.

De acordo com os manifestantes, a mineradora Vale ultrapassou os limites de atuação na área e invadiu cerca de 500 metros que pertence à TI. De acordo com os indígenas, a interdição continua enquanto não houver uma solução definitiva entre o grupo e a empresa. A empresa diz que está cumprindo os acordos com as comunidades (veja a nota no final da reportagem).

O trem que partiria da estação do Anjo da Guarda, em São Luís, com destino a Parauapebas, no Pará, está parado e as viagens programadas para sexta-feira (14) também não irão acontecer. Nesse caso, o passageiro deve seguir alguns passos para pedir reembolso.

De acordo com a Vale, que opera a Ferrovia Carajás, ps passageiros podem remarcar o bilhete ou pedir o reembolso do valor investido na compra da passagem no prazo de até 30 dias. Caso o consumidor deseje novas informações, é possível pelo canal Alô Vale (0800 285 7000).

A Ferrovia Carajás transporta, em média, 1.500 passageiros por viagem entre os estados do Maranhão e Pará. 

              Manifestação impede a passagem de trens

Os indígenas instalaram tendas no ponto de bloqueio, que fica entre os municípios de Bom Jesus do Tocantins e Marabá, no Pará. Estruturas em madeira também estão em construção no trecho.

Segundo o grupo, a área onde a mineradora construiu a ferrovia é essencial para a subsistência das 32 aldeias localizadas na região. As reivindicações existem desde a construção da ferrovia, na década de 1980 – quando também a TI foi homologada, em 1986, para abrigar quatro povos indígenas.

O que diz a Vale

 

A Vale informou que aguarda a desocupação pacífica e segura da linha em cumprimento das decisões proferidas pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Marabá.

“Devido à interdição e por segurança, a circulação do Trem de Passageiros também foi suspensa nesta quinta (13/3) e sexta-feira (14/3). O bloqueio da ferrovia afeta, no total, mais de 4.400 pessoas, que tiveram suas viagens canceladas, e a distribuição de combustíveis para a região Norte”, diz a nota da empresa.

A Vale informou ainda que ‘está aberta ao diálogo com a comunidade e Poder Público’ e que as obrigações assumidas pela companhia, previstas em acordo aprovado pelas associações que representam as comunidades indígenas e homologado pelo Poder Judiciário, vêm sendo cumpridas integralmente, conforme já informado à comunidade.

A empresa diz ainda que ‘respeita o legítimo direito à manifestação’, mas sem impedir o direito das pessoas de ir e vir e das empresas em desempenharem suas atividades e, sobretudo, que não ameace a segurança das pessoas.

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